Capitalismo e Cultura de massas.
A cultura de massa esta diretamente relacionada ao capitalismo, uma vez que tem como principio a educação de uma sociedade ou partes de uma determinada sociedade motivada exclusivamente por uma relação de consumo. Entende –se aqui educação como uma alienação assistida por um grupo seleto de pessoas que detém alto poder de influencia nas massas por controlar as fontes de comunicação das mesmas em sua totalidade.
A critica a essa cultura de massas é justamente a afirmação de que alem da alienação proporcionada pelo entretenimento presente nos meios de comunicação massificar a produção intelectual da sociedade e inserir a sociedade em uma clausura que determina ações de comportamento, ela também, a cultura de massas, é o impulso que permite o movimento de um ciclo entre a sociedade e o consumo.
Voltando a apontar o capitalismo em sua essência e seu inicio, percebemos que de fato, assim como o à própria doutrina capitalista, a formação da industrialização da cultura foi uma transformação alem da mascara social. O capitalismo e a relação entre cultura de massa e sociedade filosoficamente foram renovadores. Para ser mais objetivo o capitalismo foi essencial por uma questão metafísica.
O que se assiste na sociologia e na filosofia social é uma critica interessante, bem fundamentada porem ate o momento de algo totalmente novo, uma vez que a critica a cultura de massas data de pelo menos décadas passadas. De fato existe sim uma alienação proporcionada ate os dia de hoje sobre o comportamento social e intelectual das massas. Por outro lado toda a critica ao capitalismo e a industrialização da cultura parece estar imaculada com o ranço socialista e com sentimento de medo.
A liberdade política, social, cultural, filosófica, mesmo que falsa, ou seja, somente a idéia proporcionada pela democracia por sua vez proporcionada pelo capitalismo é uma característica basilar de qualquer sociedade. Capitalista ou não. Isso implica em dizer que as transformações do capitalismo no mundo uma vez introduzidas e fixadas são eternas.
Mesmo que novas doutrinas se apresentem no futuro a herança recebida será a de um sistema que em vários aspectos beira a perfeição.
Uma das principais preocupações da critica a cultura de massas esta relacionada à alienação que a mesma proporciona. Essa alienação na verdade é o sonho das massas. A critica se esquece que a sociedade em verdade batalhou por séculos para atingir essa alienação máxima. A alienação para as massas é o êxtase, a relação se inverte na critica, como se o seleto grupo de pessoas já citadas no texto que controlam a mídia não fizessem parte também da sociedade consumidora. A mídia não dita o comportamento da sociedade. Em principio a sociedade dita aos meios de comunicação e a industria cultural aquilo que quer consumir. E quando a sociedade não quer ou não se preocupa em se posicionar, ela própria da o direito de direcionamento comportamental de volta a industria e a mídia. Essa relação está muito mais ligada a fenomenologia do que simples dominação social de uma pela outra, porque essa condição de dominante e dominado se confunde.
A sociedade é aquilo que ela consome e o consumo em geral é o próprio ideal metafísico materializado. Os produtos, e marcas são signos dotados de um espectro metafísico. Cada marca vende não apenas matéria vende idéias. Por isso o capitalismo é uma ruptura com qualquer outra doutrina uma vez que eleva a sociedade a ter outro entendimento do mundo.
A alienação tão atacada pelos críticos é na verdade uma estúpida defesa da chamada Arte com A maiusculo. Aprisionando o espírito livre da ausência e da opacidade do ser contida na tentativa de expressão metafísica da arte em uma bolha acessível somente para uma elite intelectual alheia aos malefícios da massificação. Esse pensamento critico não só anula a fundamentação da arte, mas também aponta que essa elite esta alienada, expulsa e insensível a pulsante produção artística da chamada cultura de massas.
Fica claro, falando em arte, com A minúsculo, ou seja, englobando toda produção semiótica sensível, que o capitalismo tem forte expressão artística. A publicidade, por exemplo, é uma expressão artística genuinamente capitalista.
A ultima fagulha de credibilidade apontada pelos críticos esta contida na afirmação de que a industrialização da cultura exclui grande parte da sociedade da vida política e intelectual. É necessário entender que essa exclusão é totalmente voluntária. Poder excluir se com segurança e limitar se ao conformismo sufocante é um sonho tão antigo quanto o tempo, realizado por esse sistema fantástico chamado capitalismo. A própria sociedade demanda entretenimento para as massas, e não há nada de errado com isso.
O capitalismo proporciona um ideal de vida que substancialmente só será experimentado por poucos e igualmente não há nada de errado com isso. Com advento do capitalismo a dominação de uma cultura sobre outra agora é possível, pois coloca em evidencia uma pergunta... Com quantos quilos de medo se faz uma tradição?
A alienação proporcionada pela industrialização da cultura como vimos antes é praticamente um premio exigido pela sociedade e muitas vezes a cultura de massas reflete sim a produção intelectual e da voz a liberdade coletiva. O capitalismo e a produção de massa refletiu am algo inenarrável para outras doutrinas. Em que outro momento os negros sempre vinculados à escravidão por meio da musica pop poderiam realizar atividades de consumo exclusivas da elite branca? Em que outro momento mulheres por meio da musica funk poderiam navegar pelo radio para dizer para milhões de homens que elas gozam com parceiros diferentes? Em que outro momento houve uma identificação tão profunda na relação entre mundo físico e o mundo metafísico?
Faz–se necessário muito cuidado ao criticar o capitalismo e mais ainda a cultura de massas, e principalmente é necessário coragem para encarar o futuro a partir da ótica capitalista.
3 comentários:
"A mídia não dita o comportamento da sociedade." - "Dê-me uma dúzia de crianças saudáveis, bem formadas, e meu próprio mundo especificado para criá-los e eu vou garantir a tomar qualquer uma ao acaso e treiná-lo para se transformar em qualquer tipo de especialista que eu selecione - advogado, médico, artista, comerciante-chefe, e, sim, mesmo mendigo e ladrão, independentemente dos seus talentos, inclinações, tendências, habilidades, vocações e raça de seus antepassados. " -John B. Watson, behaviorismo , 1930 - “Uma estação que tem 50% de share vende tudo, até o Presidente da República! Vende aos bocados: um bocado de Presidente da República para aqui, outro bocado para acoli, outro bocado para acolá, vende tudo! Vende sabonetes!” Emídio Rangel (director da estação de TV portuguesa "SIC").
O texto é muito interessante, mas está muito confuso, tanto na escrita como no objectivo que tenta defender. Parece-me que tenta expor uma espécie de "teoria conspiracionista", onde os críticos culturais e artísticos (de esquerda?) acusam de intenção deliberada os agentes económicos da cultura de massas (capitalismo) promoverem, num circulo vicioso, a alienação como meio de tirar dividendos económicos. É isso?
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