A educação com relação a difícil esfera do conhecimento chamada tempo nos condena a linearidade. O efeito dessa linha temporal por sua vez condenou a percepção de uma maneira geral.
Quando pensamos em fato consumado, ou enquanto criança na escola aprendendo aulas de historia somos educados a praticar uma contextualização, isso implica em traçar um paralelo entre o passado e nosso presente para um entendimento mais próximo, alem é claro da analise pré e pós-evento.
Toda a historia funciona estruturada sobre a premissa de ação e reação, causa e conseqüência, sem se desatar da linha do tempo. Passado, presente, futuro.
Antes de declarar o fim da historicidade, vamos analisar essa linha temporal inexistente.
O PASSADO
O passado é representado por ações cometidas, materializadas e acessível se e somente se praticado junto a memória, mas, o que é a memória?
O termo memória tem sua origem etimológica no latim e significa a faculdade de reter e /ou readquirir idéias, imagens, expressões e conhecimentos adquiridos anteriormente reportando-se às lembranças, reminiscências.
A memória e somente ela nos permite agir sem aprender novamente. Ou seja, a memória é a caixa de ferramentas de nossas ações. Sem a memória tudo sempre seria como a primeira vez. Memória e desenvolvimento estão intimamente ligados. Quero chamar atenção para o fato da memória ser uma atividade FISICA e mental.
Muito mais que um banco de dados, a memória é a chave de transformação entre passado e futuro.
Uma vez que os elementos que a memoria não consegue construir mentalmente são corrigidos pela IMAGINAÇAO.
Podemos dizer aqui que o futuro é um passado sem memória.
O FUTURO
Todo futuro é imprevisível. Simples assim. O futuro é a oportunidade impar de olhar para o mundo metafísico sem o espectro da memória Descartando a lógica. Mesmo que você saiba exatamente como será cada aspecto do seu dia, a qualquer momento o diabo poderá chegar e bater em sua porta trazendo a boa nova.
O futuro é o possível do impossível.
Não bastasse essa vertigem, o futuro é dotado de uma transformação exclusiva que contem a maior dádiva da vida e de fato é seu signo mais fiel. A Morte.
Começa aqui a intercessão entre passado e futuro, uma vez que a consciência não como substancia, mas como atividade perceba a morte futura, a memória nos encarrega de dizer que de fato ela, a morte, essencialmente existe.
Essencialmente porque mesmo que no futuro distante a morte como doença seja sanada por meio de clonagem ou nanotecnologia, o espírito ancestral da finitude jamais deixara de assombrar o mundo físico. Mesmo que não haja mais morte entre os seres vivos e não haja nem mesmo a memória da morte, ela, estará aguardando na toca como um chacal, pronta para destituir a aurora.
Perceba que futuro e passado se confundem por permanecer como frutos de uma obsessão fictícia.
A substancia dessa síntese é dada por um breve momento de definição virtual materializada no mundo físico de forma PRESENTE
O problema do presente esta nessa característica escorregadia. O presente não é inteiramente uma ficção, uma vez que se constrói a partir de momentos fisicos, porem o presente esta longe de ser definido como realidade, porque esses momentos analisados de forma isolada são despidos de sentido, isso quer dizer que o momento presente embora seja físico é fruto de um conflito metafísico.
O presente é uma pausa no invisível.
O tempo não é uma linha. O tempo é uma das formas mais belas e fidedignas de expressão do paradoxo.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
O presente problema
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